O dialeto paulistano é um dialeto do português brasileiro, pela primeira vez classificado pelo filólogo Antenor Nascentes. É falado na cidade de São Paulo e também na Região Metropolitana de São Paulo. É considerado pela maioria da população brasileira como sendo a pronúncia mais correta do português brasileiro [1], sendo também o dialeto utilizado hegemonicamente na mídia e em comunicações oficiais brasileiras [1].
O dialeto paulistano é conhecido por englobar termos e palavras oriundas dos diversos idiomas falados por seus imigrantes, sendo tais termos inseridos gradualmente no português brasileiro e transferidos para outros dialetos deste idioma.
É fato conhecido que o dialeto paulistano adquiriu características dos idiomas de imigrantes europeus, que começaram a chegar à cidade nas últimas décadas do século XIX, especialmente os italianos. Dos dez milhões de habitantes da cidade de São Paulo, 60% (6,5 milhões de pessoas) possuem alguma ascendência italiana. São Paulo tem mais descendentes de italianos que qualquer cidade italiana (a maior cidade da Itália é Roma, com 2,5 milhões de habitantes).
Mais de 70% dos italianos que vieram para o Brasil, vieram para o estado de São Paulo, principalmente para a capital. No início do século XX, o italiano e seus dialetos eram tão falados quanto o português na cidade. A fala dos imigrantes fundiu-se à dos locais (dando origem a subdialetos no dialeto próprio da cidade de São Paulo. Bairros como os da Moocae Bixiga, tradicionais por terem recebido muitos imigrantes no passado, preservam até hoje muito do sotaque típico de São Paulo.
Vale lembrar que imigrantes árabes (sírios e libaneses), espanhóis e portugueses, também tiveram grande importância no desenvolvimento do falar paulistano, agregando novos termos ao dialeto local, embora tendo pouco impacto sobre o soar do dialeto paulistano, assim como se deu com a integração do italiano ao dialeto local. O livro "Brás, Bexiga & Barra Funda", de Alcântara Machado, os sambas de Adoniram Barbosa e os poemas modernistas de Juó Bananere, retrataram historicamente a influencia italiana sobre o dialeto.
Numa megalópole como São Paulo vamos encontrar muitos dialetos e sotaques. O Português falado na cidade de São Paulo sofreu, como se viu acima, forte influência italiana e nos bairros com maior prevalência de descendentes de italianos, como a Moóca, o Brás e o Bixiga (Bela Vista), é comum encontrar moradores que falam um português “italianado”, mais cantado, que por vezes despreza o plural e inclui muitas expressões italianas.
Em alguns bairros da periferia encontramos jovens falando a “gíria de mano”, um dialeto quase incompreensível para os não iniciados.
A forte presença de nordestinos e seus descendentes em alguns bairros de São Paulo como São Miguel Paulista, São Mateus e Itaim Paulista, também veio influenciar o jeito de falar do paulistano.
Uma parte considerável da população, composta por indivíduos das mais variadas ascendências, procura aproximar o seu vocabulário e o seu falar da norma culta e é este modo de falar citado no primeiro parágrafos do texto acima, extraído da Wikipedia.
Tirou do Wikipédia que feio
ResponderExcluirTirou do Wikipédia que feio
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